Antes de se chamar Flyleaf, a banda teve o nome Passerby. Tocam metal alternativo e são de Belton, Texas.
As músicas em destaque são: I am so sick, Fully Alive, All Around Me e Beautiful Bride.
Confira agora o testemunho da vocalista, Lacey Mosley.
Uma "flyleaf" é aquela página em branco no início de um livro. É a página de dedicatória, onde você escreve uma mensagem para a pessoa que vai receber o livro. É mais ou menos isso que nossas músicas são, mensagens pessoais que oferecem alguns momentos de clareza antes da história começar. A história de cada um.
Lacey Mosley: Acho que esse "momento de clareza" de que falam é o que diz na Bíblia sobre o momento que você tem com Deus logo antes de nascer, e de se formar no útero da mãe. O mesmo momento que acontece após a morte, quando você se reencontra com Deus.
Eu tinha dez anos de idade quando usei drogas pela primeira vez. Eu mantive isso em segredo das pessoas da escola, porque estávamos brincando de nos desafiar, sabe... era bobagem e foi errado, e eu meio que sabia que era errado, mas... quando eu fiz treze anos eu encontrei outras pessoas que usavam drogas, e acabei me afundando mais ainda nesse vício. Tudo o que eu podia usar, eu usava. Eu estava tentando descobrir quem eu era, e sentia que qualquer coisa que pudesse me separar da minha família ou da minha situação em casa era maravilhoso, era bom para mim. Minha mãe e eu brigávamos todos os dias, minha casa era um tipo de campo de batalha. Houve uma grande briga uma vez, em que a polícia apareceu e disse: "Você não pode mais morar aqui".
Então eu deixei o meu lar e fui para o Mississipi, onde cursei o Ensino Médio. Eu era como um peixe fora d'água naquela escola, pelo menos no início. Então eu me sentia muito sozinha de qualquer forma... afinal, eu acabei perdendo meu namorado, perdi meus irmãos e irmãs que via todos os dias, perdi as drogas que eu usava... E eu estava naquele estado deplorável, chorando e dizendo repetidamente, "eu não tenho nada, eu não tenho nada"...
Isso soa tão ridículo, mas eu realmente me sentia assim, sentia que era o fim para mim. Após tudo o que me foi tirado, eu pensava, "não sei por que estou acordando todos os dias, não sei por que estou lidando com tudo isso"... e eu estava muito deprimida, e por tudo isso eu decidi cometer suicídio no dia seguinte.
Então, nesse ponto, a minha avó estava gritando comigo, "você precisa ir à Igreja! Você precisa ir à Igreja! Está perdendo o controle!". Ela me dizia isso e eu pensava, "esse é o último lugar onde eu quero estar, com todas aquelas pessoas felizes que não têm nenhum problema, que acham que sabem todas as respostas quando não sabem de nada... eles não sabem nada de mim ou da minha vida, ninguém é como eu lá". No entanto, só para ser ouvida, só para acabar com o assunto, eu concordei em ir. Então eu fui à Igreja e me sentei bem no fundo. Eu estava abraçando a mim mesma, e quase deitada na minha cadeira de tão baixo que estava sentada, não ligava mais pra nada, estava mesmo deprimida. E então o pastor aparece e começa a contar a história da minha vida. O culto acabou, e eu estava indo em direção à porta, só pensando, e esse homem que eu nunca havia visto antes agarrou o meu braço e disse, "Deus quer que eu fale com você. Ele quer que você saiba que embora você nunca tenha conhecido um pai na Terra, Ele será um pai melhor para você, melhor do que qualquer pai na Terra jamais poderá ser". Eu fiquei paralisada, estava chorando, querendo fugir dali, e só ficava pensando, "coincidência, isso é uma coincidência"... e eu ainda ia embora, mas ele insistiu, e começou a contar essa história como o pastor estava contando, dizendo "Deus está falando com você, e eu sei que você tem uma grande dor no seu coração que você acha que nada é capaz de curar, mas Deus pode livrá-la disso"... e finalmente, ele disse, "Você quer se livrar da sua dor?", e eu falei, "sim, é por isso que eu vou cometer suicídio amanhã"
E ele disse, "Deus quer livrá-la dessa dor, você vai deixar? Você pode dar uma chance para Deus livrar você dessa dor?", e eu disse... "Okay". Acho que nesse dia eu compreendi que realmente existe um Deus e que realmente existe todo esse amor, e que é por esse amor que nós vivemos. Não se trata apenas de mim mesma. Minha vida mudou completamente depois disso... e eu não cometi suicídio no dia seguinte.
Eu não conseguiria escrever nenhuma música se não tivesse passado por tudo o que eu passei. E eu não voltaria nem um dia sequer, não mudaria nada. Simplesmente porque eu não seria quem eu sou hoje. Eu não conseguiria ajudar ninguém. Eu não seria capaz de reconhecer aquela dor em outra pessoa, se não a experimentasse por mim mesma. E eu não saberia reconhecer a doçura do conforto se não tivesse passado por tanta dor. É uma grande glória.
Fonte: Google.
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe seu comentário! Participe do fjregente.com :)