"Quando entrei na faculdade estava muito firme na minha fé. Trabalhava durante o dia e ia para a faculdade a noite. Por isso só ia à igreja aos domingos, mas estava muito firme.
Sempre levava a bíblia ou um livro com mensagens de fé para ler nas aulas vagas ou dentro do ônibus, na ida e na volta da faculdade.
Comecei fazer muitas amizades lá, pois sempre fui muito comunicativo. Porém, eu era o único cristão e minha fé não agradava muito às pessoas com quem eu andava. Então comecei a pensar que não deveria passar uma imagem de fanático religioso, pois isso afastaria as pessoas e, não seria dessa forma que conseguiria evangelizar alguém, eu pensava.
Aos poucos fui mudando meu comportamento então. Ao invés de nas aulas vagas ficar meditando na palavra de Deus como de costume, ficava na lanchonete conversando com meu grupo e tentando ser simpático. Eles falavam muitas vulgaridades, mas eu não falava nada e dizia que não achava esses assuntos legais. Falar isso era pedir pra ser zoado.
No ônibus eu também já não lia nada de conteúdo cristão, pois comecei reparar que quando fazia isso as pessoas ficavam me olhando torto, com certeza achando que eu era um "crente bitolado". Dessa forma não ganharia ninguém para Jesus, eu pensava.
Assim, sem que eu percebesse, fui mudando aos poucos. Tudo começou com a perda dessas atitudes simples que eu nem dava importância. Comecei a investir meus poucos momentos livres (como o ônibus e as aulas vagas) em conversas vazias e imorais. Comecei a me comportar como uma pessoa que nem de longe se parecia com um cristão. As coisas que antes só ouvia, agora também falava, e muito.
De falar coisas vulgares à praticar coisas vulgares foi só um pulo. A bíblia e os livros já estavam esquecidos e agora, o que eu estava esquecendo era a igreja. A prática de imoralidades tirava toda a minha força e a vontade de falar com Deus. Estar na casa Dele agora era uma missão impossível para mim.
Para minha surpresa, um garoto da minha sala começou ir à igreja e tornou-se um verdadeiro cristão, uma pessoa realmente exemplar. Ele tentou falar comigo algumas vezes, mas o desprezei, não queria ninguém pegando no meu pé.
Eu já estava conformado em ser um jovem vazio, sem perspectiva e sem fazer a diferença, eu quis ser só mais um na multidão. Enquanto esse garoto recém-convertido passou a fazer tudo o que eu fazia antes: sempre que possível estava lá meditando nas coisas de Deus sem se importar com o que pensavam dele. Cheguei a vê-lo orando silenciosamente dentro da sala certa vez.
Ele conseguiu o que nunca consegui: ganhar a admiração das pessoas não por ser mais um na massa, mas por ser um verdadeiro cristão. Muitas vezes tinha alguém junto a ele buscando ouvir suas sábias palavras, mas algumas vezes ele estava a sós com Deus mesmo lá na faculdade.
Até que um dia, eu estava esperando o ônibus. O mesmo ponto, as mesmas pessoas. Quando entrei no ônibus, todo mundo estava sentado no lugar de sempre. Esse garoto, como de costume, já estava lá no fundo lendo sua bíblia de capa azul.
Sentei, coloquei meus fones e fui ouvindo uma música que estava na moda e toda a galera curtia.
De repente, no meio do caminho, só vi o motorista girando o volante com toda força e, antes que pensasse que era mais um dos sustos de sempre, escutei todos os passageiros gritando. Nem deu tempo pensar, gritei também, desesperado e em pânico. Achei que ia morrer.
O ônibus tombou quando o motorista teve que desviar de um caminhão que vinha na contra-mão. Todos caímos com violência, pois estávamos sem cinto. Uns bateram com a cabeça, outros se cortaram nos vidros, alguns quebraram o braço com a queda.
Eu quebrei o braço e machuquei minha coluna. Estou há dias sem andar, mas espero que esteja tudo bem. O garoto cristão e mais uns poucos passageiros só tiveram arranhões. Ele já veio aqui no hospital com o pessoal da igreja me visitar.
Vê-los me fez muito bem. Tudo isso me fez repensar na minha vida e refletir muito no rumo que estou dando para as coisas.
Eu disse ao garoto que só não aconteceu coisa pior porque ele estava no ônibus e todos nós fomos cobertos pela oração dele.
Agora não vejo a hora de sair da cama e voltar a andar. A primeira coisa que vou fazer é ir à igreja. E a segunda é provar para Deus que estava falando sério quando aqui mesmo nessa cama de hospital, eu disse que agora me entreguei de verdade.
Minhas atitudes vão mostrar que sou um verdadeiro cristão e que meu Deus está em primeiro lugar. É das coisas Dele que irei me alimentar.
É preciso estarmos diariamente entregues ao Senhor Jesus, pois nunca sabemos quando será o último ônibus."
Quando estamos com a vida nas mãos de Deus,não ficamos desesperados em meio as situações,mesmo sendo o ultimo onibus,sabemos para onde ira nossa alma depois da ultima viagem.. muito forte o texto luana,e é a pura verdade.. buscai a Deus enquanto pode encontra-lo.. esse texto salvara muitas almas,afinal esse eh o nosso objetivo,.. bjinhus na fé
ResponderExcluirquando leren esse texto vão parar e pensarem o que fiseram de bom e de ruim vão querer voutar a pratica das primeiras obras!!!!!!
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